Título: "Contatos de 4º Grau"
Título Original: "The Fourth Kind"
Diretor: Olatunde Osunsanmi
Roteiro: Olatunde Osunsanmi (roteiro e estória) e Terry Robbins (estória)
Elenco:
Milla Jovovich (Abbey Tyler / A própria)
Charlotte Milchard (Dr. Abigail Tyler-'Imagens de Arquivo')
Will Patton (Sheriff August)
Hakeem Kae-Kazim (Awolowa Odusami)
Corey Johnson (Tommy Fisher)
Enzo Cilenti (Scott Stracinsky)
Elias Koteas (Abel Campos)
Eric Loren (Detetive Ryan)
Mia McKenna-Bruce (Ashley Tyler)
Raphaël Coleman (Ronnie Tyler)

Um filme dentro do filme...
Vo te fala que quando Milla Jovovich aparece no começo do filme falando sobre a drª Abigail Tyler, seu personagem no filme, sobre os eventos ocorridos e sobre o que o espectador vai pensar sobre o filme eu já sabia de toda a farsa que foi montada pra promoção viral do filme.
Sabia que a suposta Abigail verdadeira, era na verdade outra atriz. Sabia que o filme foi considerado por uma parcela grande de seus espctadores um dos filmes mais irritantes lançados na década.

Mas eu não sabia que era irritante a tal ponto que na primeira suposta cena de impacto do filme (aos 6:30 minutos) eu já ia ter vontade de dar pause e assistir qualquer outra coisa...

A maldita mistura de "Filmagen Original + Cenas Dramatizadas + Cenas dramatizadas da lembrança do personagem" ia ser um troço tão irritantemente irritante... gritos misturados da Abigail 'verdadeira', da Abigail de Milla no consultório e da Abigail de Milla na lembrança são um reflexo do que o filme é:uma bagunça.

Não me entendam mal, a ideia em si do filme é muito boa: criou-se uma mistica de lenda urbana em volta da história, plantou-se evidencias, criou-se uma promoção viral poderosa online que se esforçava -de forma bem falha, mas mesmo assim impressionante- pra convencer o futuro espectador de "Contatos de 4º grau" que o filme se baseava em fatos reais.Estratégia similar a já usada pelo clássico do handcam, "A Bruxa de Blair" e mais recentemente utilizada também pra divulgação do filme "2012".

O problema é que diferente de "A Bruxa de Blair" que ainda mais de dez anos depois mantém seu site na internet, mantém que é um documentário sério e mantém o carão, A equipe responsável por manter as supostas evidencias falsas na internet parece ter se cansado e fechou o site do famigerado "Alaska Psychiatry Journal": a suposta grande fonte de evidencias que comprovaria a veracidade da estória.

Muitas das cenas de impacto, são apenas mostradas com 'imagens de arquivo', ou seja, tudo distorcido;
Isso me leva a crer que a única razão pro diretor ter utilizado do recurso 'imagens de arquivo' foi pra poupar efeitos especiais, afinal, se tá tudo distorcido mesmo não tem pq usar CGI pra fazer os alienigenas, naves ou qualquer coisa do tipo.

Além disso a ideia de intercalar 'imagens de arquivo', dramatizações e cenas de lembranças, foi mal executada apesar de ser uma boa ideia, ficou tudo muito bagunçado, maluco e como anteriormente dito, irritantemente confuso.
Se eu fosse o diretor, dispensava todo o casting das 'imagens de arquivo' e fazia um filme de formato mais tradicional, ou então partia de vez pro "Falso documentário"...
O cara quis ficar no meio do caminho e deu nisso: um filme que não prende sua atenção e te faz ficar com raiva por estar perdendo seu tempo com ele.

Milla Jovovich é uma fofa, uma linda, mas cá entre nós, pode ser que eu esteja sendo muito simplista, mas até hj num vi um filme dela onde ela faça papel de mulher comum bem: ela nasceu pra ser heroina, pra bater em caras maiores do que ela, caçar zumbis, ser uma amazona...
Pra não se injusta, o único filme em que ela não é uma mulher maravilha e mesmo assim arrasou foi ".45".
E num venha me fala dela em "o Quinto Elemento" por que ela é heroina nele também.

O próprio roteiro também é uma zona: Uma psicóloga, especializada em terapia com hipnose, toca o estudo do marido morto sobre disordem do sono em habitantes de uma cidade pequena no Alaska com uma tacha absurda de desaparecidos e sucídios acaba esbarrando em alienigenas sumérios que tem algum tipo de ligação com corujas;
Entenderam? É muita bagunça num roteiro só.
Fora isso, tem o fato de que não importa quantas pessoas morrem nem como isso acontece, o filme não te cativa ao ponto de você perder alguns segundos se importando com alguma das vítimas.

A única digna de pena no filme é a própria Abigail, tanto a versão 'de arquivo' quanto a versão de Milla: em alguns momentos de sofrimento extremo, não há como não se ter pena dela.
A versão 'de arquivo' então é a imagem do sofrimento puro: uma mulher muito magra com olheiras kilometricas e expressão vazia e perturbada.

O fim do filme surpreende por ser triste.
Além disso, tenta-se a todo custo manter a aura 'real' da coisa.
O diretor aparece junto a Milla, falando sobre os fatos e o filme se encerra contando com uma sequencia clássica de filmes baseados em fatos reais: Conta-se tudo que acontece com os personagens após os eventos do filme.
Depois disso, entram os créditos e ao invés de musiquinha você ouve Gravações de supostas ligações denunciando avistamentos de Ovnis;

Vo te dizer que na boa a única parte do filme que me agradou foi o final!
Sério mesmo, quase que redimiu o resto do filme, a edição confusa, a farsa da internet...
Ainda assim, ele não é um filme grandes-coisa não...
A pior parte foi o fato de que durante toda a duração da pelicula, você em momento algum vê UM MÍSERO E.T. OU OVNI!
Pow, num filme sobre abduções você se vê obrigado a se contentar com as malditas 'imagens de arquivo' distorcidas onde mal e porcamente você ouve alguma coisa enquanto a tela é estática pura;
Assista se tiver muita curiosidade, mas não espere uma obra prima do sci-fi do naipe de "Fogo no Céu"... esse me parece, será imbátivel ainda por muito tempo...
Xoxo, Velvet Isa

0 comentários:

Postar um comentário

About Me

Minha foto
Muitas opniões e humor ácido pra uma só pessoa...

Followers

Contato

About

Um Blog modesto, mal escrito e meio besta...



Falo sobre tudo, mas principalmente filmes.



Sem restrições.































Twitter